O Senado aprovou no último dia 28/11 por unanimidade uma proposta que muda o sistema de tributação do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). A mudança mais importante em relação às regras atuais é que o texto fixa em 2% a alíquota mínima do imposto e proíbe que ele seja objeto de concessões de isenções, incentivos e benefícios tributários ou financeiros. A medida visa a acabar com a chamada guerra fiscal dos municípios e seguirá para apreciação da Câmara.
A intenção dos senadores é tentar aprovar ainda este ano o projeto de lei no Congresso. Se isso ocorrer, os municípios vão entrar o ano novo com as novas regras em vigor. O ISS é uma das principais fontes de receita das cerca de 5,6 mil prefeituras do País. A mudança deverá provocar aumento de arrecadação do tributo nas maiores prefeituras do Brasil.
O texto aprovado prevê a declaração de nulidade de todas as leis municipais que tenham concedido unilateralmente benefícios a empresas. A proposta prevê que a concessão, aplicação e manutenção de incentivos de ISS vai virar ato de improbidade administrativa contra o prefeito, passível de punição com a perda da função pública, suspensão de direitos políticos de cinco a oito anos e multa de até três vezes o valor do benefício dado. O município também perde o direito de tributar se conceder benefícios fiscais com o ISS.
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