
Com uma capacidade para produzir 600 mil toneladas ao ano, de vergalhões e fio máquina,
entra em operação, a partir do primeiro semestre do próximo ano, na
cidade de Açailândia, a primeira aciaria do Maranhão, a Aço Verde
Brasil, empresa pertencente ao grupo Ferroeste, presidido pelo
empresário mineiro Ricardo Nascimento. O investimento, avaliado em R$
700 milhões, é visto como uma saída para crise enfrentada pelo setor
siderúrgico maranhense, que entrou em colapso há cerca de quatro anos,
com a queda das importações pelo mercado internacional, pois vai utilizar ferro-gusa líquido como matéria prima.
De acordo com
Sandro Marques Raposo, diretor de operações e manutenção do Grupo
Ferroeste, cerca 1,2 mil pessoas trabalham na construção da fábrica e
quando ela estiver em operação os empregos diretos serão 400, porém com a
possibilidade de crescimento, haja vista
ser meta da empresa chegar a 2017 com o dobro da produção inicial, isto
é, passará a processar 1,2 milhão de toneladas de ferro-gusa.
Sustentável
- Quinta-feira passada, Sandro Raposo recebeu da Federação das
Indústrias do Maranhão troféu e certificado do Prêmio Fiema de
Sustentabilidade, conferido às empresas que apresentaram melhores práticas
nesta área. As demais premiadas foram o Consórcio Alumar, pelo projeto
Redução de Pegada Hídrica, com a utilização de efluentes industriais no processo industrial, e Coquilho, que beneficia casca de coco para fabricação de fibras.
A
AVB tem como público alvo de sua produção empresas de construção civil,
devendo disponibilizar seus vergalhões no mercado interno e outros
estados brasileiros, havendo a possibilidade de se tornar fornecedora
também de outros países. Como destaca Sandro Raposo, este é o primeiro empreendimento
do gênero no estado e se deve a uma visão empreendedora de Ricardo
Nascimento, que foi um dos pioneiros no setor de ferro-gusa de
Açailândia, após a implantação do programa Grande Carajás, pela Vale.
A escolha de aciaria para recebimento
do prêmio se deu pelo compromisso assumido para utilização na
fabricação de aço apenas de carvão vegetal oriundo de florestas
renováveis de eucaliptos. A Ferroeste dispõe de 30 mil hectares de
plantio de eucaliptos, reserva semelhante à de suas principais
fornecedoras: Viena, Queiroz Galvão e Gusa Nordeste, que vão entregar o
ferro-gusa líquido, o que dispensa a aciaria de criar seus próprios
fornos.
Com
a utilização de plantios próprios, as empresas que participam deste
empreendimento vão evitar devastação de florestas e compra de carvão
produzido por trabalhadores em regime de escravidão, como define o
Ministério do Trabalho as condições análogas dadas a esses operários.
FONTE: Blog Aquiles Emir - http://www.aquilesemir.com.br/2013/12/industria-de-aco-no-municipio-de.html
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